História

São Domingos é um dos bairros mais antigos da cidade. Suas ruas ainda preservam um pouco da arquitetura do fim do século XIX e o ar de cidade do interior. Sua localização, perto da cidade do Rio de Janeiro e do Centro favoreceram a ocupação e urbanização ainda no período colonial. O bairro também sediava um porto de atracação e e o aparecimento de um povoado em torno do largo de São Domingos, ainda no período colonial.

Busto de Dom Pedro II na Praça Leoni Ramos

No ano de 1816, São Domingos recebeu a visita do Imperador D. João VI que passou uma temporada na região. Para melhor abrigá-lo, um rico comerciante de escravos, proprietário de vários imóveis, presenteou o monarca com um casarão de três andares. Esse prédio foi a primeira Casa da Câmara até a transferência da sede da Vila de São Domingos para o atual Centro. A visita do monarca foi fundamental para o desenvolvimento de Niterói, elevando-a futuramente à condição de Vila Real. Foi também em São Domingos que morou morou José Bonifácio, amigo do imperador, na rua que hoje leva seu nome.

Em torno da atual Praça Leoni Ramos, foram erguidos prédios residenciais que abrigaram diversos nomes ilustres, armazéns, farmácias, colégios, gráficas e pensões. No mesmo período, o atracadouro passou a ter bastante movimento com o serviço de transporte marítimo e com a construção da Companhia Cantareira, um estaleiro para reparos e hoje um dos símbolos do bairro.

Economia

O bairro possui discreta atividade comercial. Na rua José Bonifácio destaca-se o Colégio Marília Mattoso. Há ainda uma academia, alguns bares, padarias e uma papelaria. O comércio da região não vai muito além do básico, como açougues, lanchonetes e pontos de táxi e vans, farmácias, lava-jatos e oficinas, além de uma loja de material de construção.

A antiga Estação Cantareira, que já abrigou muitas atividades culturais e shows, foi transformada em pólo de cultura onde hoje funciona também um bar. Ao lado, está sendo erguido o Museu do Cinema Petrobras, uma obra que faz parte do Caminho Niemeyer e foi projetado pelo próprio arquiteto que dá nome ao complexo.

O bairro também tem tradição acadêmica e abriga muitos campi da Universidade Federal Fluminense (UFF) como os campi de Comunicação Social (IACS), de Economia e o Campus da Praia Vermelha, além das Faculdades Maria Tereza, do já citado Marília Mattoso e do colégio IEPIC.

Também estão localizados no bairro o Solar do Jambeiro (um antigo palacete do século XIX transformado em museu), o Restaurante Jambeiro e a sede da empresa de energia Ampla. O restante da região é composto de residências de classe média, entre prédios e casas antigas, que dividem espaço com algumas casas abandonadas e outras ocupadas por moradores pobres, nos chamados cortiços. A favelização também já chegou ao local, ocupando morros que separam a região dos seus bairros vizinhos.

Lazer e Turismo

O bairro tem vida noturna agitada com os bares que cercam a Praça Leoni Ramos, também chamada de Cantareira, que fez com tenha ganho o apelido de "Lapa de Niterói", em alusão ao bairro carioca da Lapa.

Também são muitos os atelieres de artistas plásticos e artesãos que anualmente promovem a mostra "São Domingos de Portas Abertas", onde os visitantes podem conhecer de perto os trabalhos feitos nos atelieres, lembrando em muito o que ocorre com o bairro carioca de Santa Teresa.

Ainda há a charmosa Igreja de São Domingos, a Estação Cantareira, o Solar do Jambeiro, além do já citado Museu do Cinema Petrobras.